Burro ao Quadrado
Rosa era moça sadia
Que lidava sem cessar,
Começando com o dia
Até o Sol se poisar!
O seu burro rezingão
Ajudava no transporte
Da farinha e do grão,
Não aceitando tal sorte.
Rosa, de rédea apertada,
Fazia-o espernear,
Até que ele estrebuchava,
Fumegando pelo ar!
Espumava e fumegava,
Qual isqueiro incendiado,
E ela atacava zangada:
― Nasceste Burro ao Quadrado!...
És burro desnaturado,
Filho de égua vadia,
És Burro pelo teu fado
E um Burro sem serventia!...
Maria do Céu
Ferreira, 63 anos, Amarante
Desafio nº 137 ― rosa, isqueiro,
burro
Sem comentários:
Enviar um comentário