Caí em chão de ignomínia; durante décadas, mãos
grotescas usaram-me com raiva, na defesa duma ideologia que restringia direitos
fundamentais das pessoas: informação, manifestações culturais, expressão
escrita, artística… Comigo, executavam a desprezível tarefa de cortar, cortar,
cortar! Exausto, amargurado, fui apanhado por uma maré de gente que aclamava a
liberdade restituída. Finalmente recuperado, cumpro com orgulho o meu desígnio
– nas mãos hábeis, sensíveis, de escritores e artistas divulgo a luta e a
esperança colorida de um povo.
Helena Rosinha, 65 anos, Vila Franca de Xira.
Desafio RS nº 37 – o lápis caído no chão
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