Sou um bule rachado, sou, mas fui brilhante e orgulhoso da pintura à mão e fio dourado a contornar as
minhas flores e pavões.
Passei por mãos delicadas, servi chávenas de fina
porcelana, dei de beber a damas e toleirões.
Servi chás de Ceilão, tisanas perfumadas, calmantes,
ervas finas para maleitas do corpo e de coração.
Ouvi histórias, risos, choros e observei silêncios.
Hoje peça rara, repouso na cristaleira pois de rachado a
partido, vai um passo.
Manuela Branco, 62 anos, Alverca
Desafio nº 4 – começando a frase “Sou um bule rachado, sou”
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