Melgona,
gorda e anafada, estava farta daquela conversa de Delgada, a melga escanzelada
que se queixava por tudo e por nada, dizendo que era uma desgraçada que nem
alimentar-se sabia. «Que aborrecida!», pensou Melgona, tentando descobrir forma
de escapar da outra.
De
repente, uma agitação inesperada, uma língua de sapo e… um fim para Melgona.
Acabara como refeição! Delgada, espavorida, fugiu sem pensar e foi enfiar-se na
teia da aranha. De longe, o grilo ria-se: umas parvas!
Margarida Fonseca Santos
Desafio nº 24 – duas melgas à
conversa, uma gorda e outra escanzelada
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