Nunca
fora gorda, mas o seu andar, dengoso e insinuante, só atraía figurões que
ninguém queria. Eram sempre os mais gordurentos que a seguiam. Vinham ter com
ela, de guedelha afogada em brilhantina, e falavam-lhe ao ouvido.
Aí,
com a genialidade herdada da mãe, exímia vendedora de feira, atacava-os no
ponto fraco:
―
Tão gordo que está! Já pensou em emagrecer? Tenho aqui um granulado que faz
maravilhas. Não quer experimentar?
Caíam
sempre. Emagreciam em sofrimento por ela.
Margarida Fonseca Santos, 57 anos,
Lisboa
Desafio nº 150 ― 6 palavras com GDOUVIR aqui este texto
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