Fez um chá. Sentou-se frente à lareira que
crepitava acesa e bebeu-o de um trago, bem quente. Queria aquecer-se por dentro
e por fora. As vicissitudes da vida deixaram-no fragilizado. A vulnerabilidade
que sentia refletia-se-lhe na alma e no corpo. Definhava a olhos vistos. Os
olhos começaram a verter. O gato enroscou-se aos seus pés. Este conforto
despertou a sensibilidade e o choro foi convulsivo. Sentia agora o ardor das
lágrimas a avivar-lhe a ferida da solidão.
Filomena
Galvão, 57 anos, Corroios
Desafio nº 152 – frase de Lídia
Jorge
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