Foi
de noite que se desconstruiu, que o seu mundo ruiu: escuros futuros envoltos em
sonhos sem fim nem tino; presentes chuvosos sem um fio de sentido; hojes de
ontem sem regresso. Tudo ruiu.
Foi
deste modo que Jorge se ergueu do leito, mergulhou no seu depois e se infiltrou
no novo mundo. Fê-lo sem remorso ou sentimentos escondidos. Fê-lo sim como um
verme que emerge dum fruto podre.
Foi
recebido em tumulto por todos. Sentiu-se outro.
Margarida Fonseca Santos
Desafio nº 37 – uma história
sem usar a letra A
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