Sentia-se intermitente, como os sinais
amarelos de semáforo, que não param de piscar, irritantemente. Raio de sensação
aquela que o invadira desde o momento em que abrira os olhos. TInha acordado
assim, a intervalos e sem qualquer aviso, sentia aquela alternância entre a
capacidade, talvez ilusória, de controlar as coisas com o equilíbrio habitual
que o caracterizava, com normalidade, o caos total e o vazio completo. Que
tríptico mais estranho que se havia criado na sua cabeça.
Elisabete Anastácio, 56 anos, Setúbal
Desafio nº 126 – sentia-se
intermitente
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