05/11/18

Eurídice Rocha ― desafio 37


Novo rumo
Vivo dormente, sempre me diminuindo sem sentido, por ser nenhum sem trilho.
Este sentimento de existir sem existir, é somente espelho do inconformismo com este colectivo. De que serve viver somente querendo o ter?
Embebo ímpeto defensivo de sobreviver. Chegou momento de volver corpo e dirigir-me por diferente porto. Nem é melhor nem pior, é distinto e poderei dizer-me que tentei.
Não vou viver noutro mundo. Fico neste, porém quid novi. Novo costume, novo movimento, novo sol.
Eurídice Rocha, 52 anos, Coimbra
Desafio nº 37 – uma história sem usar a letra A

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