Com esta ideia absurda, disparatada, entusiasmou-se. Nadar, aplicar toda a lama… toda a lama que
pudesse. Ia mergulhar naquela poça, barrar-se, fazer de si uma autêntica
estatueta com aquele barro.
Aquela chuva era abençoada ou, como diz
Mia, abensonhada. A aldeia emanava um cheiro delicioso a terra
molhada ― o que acontecia apenas duas, três vezes no ano. E não era só a terra
que ficava sequiosa, também as gentes da aldeia viviam na ânsia de chuvas
milagrosas.
Filomena
Galvão, 57 anos, Corroios
Desafio nº 158 – acróstico de
CEIA DE NATAL
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