Amanhecia na selva. Inalei, exalei. Medo…
Verifiquei o calendário. Era mesmo O dia.
Tocou a corneta. Lambi-me e fui.
Trocámos um daqueles olhares. Soou a corneta. Sangue
fresco. Crias maduras ainda com o sonho de virem a ser alguém. Sangue.
Nesta selva só há sangue. À minha volta todos lutam: querem assistir na fila da
frente.
Olhei as crias. Só desejo que encontrem bons amigos.
Isolados não sobreviverão. Eu sobrevivi. Já tive amigos; mas a
selva levou-mos…
Francisca Reis, 17 anos, Cantanhede
Desafio nº 156 – hist de animais
sem P
Sem comentários:
Enviar um comentário