Alguém da vizinhança brindou-nos um
gatito, através da sebe do quintal.
Lembro-me que à noite lhe demos as
sobras do frugal jantar. Vivia-se em guerra, tudo escasseava, só a insegurança
e o medo, mas também a coragem, eram grandes. O gato, solidário, deve ter
assobiado aos familiares… nos dias seguintes contavam-se catorze…
O solidário ganhou o direito de ser único
a entrar em casa, detestava festinhas com as mãos, deliciava-se quando,
sentados a estudar, o acariciávamos descalços.
Desafio nº 156 – hist de animais sem P
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