Tinha 17 anos, olhos azuis e fartos cabelos louros.
Corria, livre, pelas searas e colecionava olhares, ávidos, dos rapazes.
Naquele dia algo estava diferente: sentia-se exposta. Aquela caspeira
alastrava-se dos cotovelos para todo o corpo.
Ainda assim, ele amou-a ― ali mesmo ― no meio do trigo. Foi um amor
rápido e ele deixou-a, não sozinha, com um bebé no ventre.
Nasceu, cresceu, deu-lhe netos e agora ela é a minha eterna avó: bela de
cabelos brancos e inesquecível.
Ana Silva, 45 anos,
Nelas
Desafio nº 117 – uma história para ajudar a combater a psoríase
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