Ao
longe ouvi o som forte e melodioso de um fagote.
No ar, pairava um cheiro estranho que fazia lembrar o odor do azeite. Rumo à descoberta, coloquei o meu velho boné na cabeça, vesti um casaco fininho, uma tripa de tecido que cheirava a mofo, e caminhei pelo chão de areia e pedras brincando com uma fisga.
Encontrei-o no campo de cereais a praticar. Nem uma mosca o perturbava. Música, um vicio
tóxico no bom sentido.
Sílvia Rodrigues, 43 anos, Faro
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