O tolo do Elias
Elias Tolo foi o nome que a mãe lhe deu. Certa manhã descobriu safiras. Não
disse nada e nunca as usou. Enterrou-as numas floreiras secretas. Eram lindas,
ovais, azuis e belas como água. Pareciam gotas geladas, cristalinas. Nunca quis
casar e não teve prole. Ficou obeso, resmungão, avarento… Um mimo! Envelheceu,
adoeceu, morreu sozinho. Era rico e não se sabia. Caramuja desconhecia tamanha
riqueza. E as jóias sem dono. Tivesse usufruído fortuna encontrada. Elias era
mesmo tolo!
Catarina Azevedo Rodrigues, 46 anos, Venda do Pinheiro
Desafio nº 166 –
Elias de Caramuja
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