Naquele dia uma carta caíra naquela caixa
de correio. Andara extraviada. Quem a abriu não lhe conhecera história. Seu
texto apenas referia:
“Chego amanhã com o nascer do sol. Vou
para te tirar dessa escravatura.”
Tarde demais!... Foi carta perdida no
tempo, sem selo nem remetente, para um destinatário que já sucumbira ás mãos de
seu carrasco; homem da sua vida, que outrora lhe jurara proteção e votos de um
amor que se tornara tóxico e homicida.
Graça Pinto, 60
anos, Almada
Desafio nº 167 ― «chego ao nascer do sol»
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