O caso era surpreendente.
Farto de rodopios ao vento, o galo embeiçou-se com
a gargulazinha arruinada, diferente de todas − a
única que bebia da chuva que ele chamava; não a derramava
desbocadamente. As pessoas associaram-se ao encantamento da
ave, estenderam os olhos até ao cimo da torre. «Notre Dame!» − bradaram os
mais sensíveis. A pobre ave desfez-se do firme
poiso enferretado, fitou todos os azuis do céu e sucumbiu à
lei que ali se fez muito mais grave.
Célia Costa, 47 anos, Malveira
Desafio nº 168 ― o caso surpreendente
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