“Paula,
Sabes que não sou de muitas palavras. Nesta curta missiva cabe o postal
ilustrado do teu último ano. Um ano sem rumo. O teu mundo encolheu e reduziu-se
à boémia. Sei que, em noites de breu, vagueias, ébria, na busca incessante do
clarão que te ilumine. Recusaste o conforto do casulo que te ofereci e perdeste
o norte. Todavia, eu aqui estou. Chego amanhã, com o nascer
do sol. Vou para te arrancar dessa vida desregrada.”
Zelinda Baião, 55 anos, Linda-a-Velha
Desafio nº 167 ― «chego ao nascer do sol»
Sem comentários:
Enviar um comentário