11/04/19

Zelinda Baião ― desafio 167


“Paula,
Sabes que não sou de muitas palavras. Nesta curta missiva cabe o postal ilustrado do teu último ano. Um ano sem rumo. O teu mundo encolheu e reduziu-se à boémia. Sei que, em noites de breu, vagueias, ébria, na busca incessante do clarão que te ilumine. Recusaste o conforto do casulo que te ofereci e perdeste o norteTodavia, eu aqui estou. Chego amanhã, com o nascer do sol. Vou para te arrancar dessa vida desregrada.”
Zelinda Baião, 55 anos, Linda-a-Velha
Desafio nº 167 ― «chego ao nascer do sol»

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