Chico,
aos saltos, gritava:
― Nãããooo, a minha sacola não, por favoooor!
A
sua vida toda ali guardada. Mas, alguma alma o podia ouvir?
A
sacola, qual assombração, subia no ar, fugia, planava, tinha asas… ora cobria o
sol, ora rumava ao mar, brincava com o arco-íris!
Com
tamanha agitação, choviam cartas por todo o lado, quando por fim o nosso ardina
acorda…
Afinal,
tudo não passou do imaginário caso passado ao longo de um aflito, infinito
sonho.
Assunção Novais, Vila Nova de Gaia
Desafio nº 86 – Chico ardina sem E
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