Por viver no mundo da lua, ganhava sempre um furo quando
estava entre costuras. Juízo na cabecinha, filha! Da maçaneta pra
rua a vida é um problema. Massacre ocorrerá.
Eu ria das preocupações da minha mamãe. Ela rezava, o bispo dizia:
o peso das pedras é grandes. Do sermão ia
brincar: toda torcida do conteúdo escutar.
Brincar de palerma era a preferida. Só nos livros lidos escondida era
capaz de perceber porque minha cabeça vivia a sonhar.
Karla Haydê, 46 anos, Brasil
Desafio RS nº
31 – 14 palavras com ordem
imposta
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