Desde aquele telefonema que não estou em mim.
Nem sei como aqui cheguei. Pensei não atender, como habitualmente faço com os
números que não reconheço. Nem sei porque atendi, porque quebrei essa minha
regra. “É o senhor Constantino?”, perguntaram. “Sim”, respondi. “O seu filho
teve um acidente. Venha ter ao hospital o mais depressa que puder”, dispararam
de seguida. Ainda agora vivo no atordoamento para onde essas palavras me
atiraram. Espero, ou melhor desespero, por mais notícias.
António Azevedo, 54 anos, Lisboa
Desafio nº 21 – a propósito de uma ilustração
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