Chegou demasiado
tarde. O espetáculo não esperara por si e já começara quando se sentou no
luxuoso camarote, reservado antecipadamente. Fora a única culpada do atraso. “É
o que dá enfiar-me no trânsito mais que caótico numa sexta à noite!”, pensava
ela, completamente distraída, alheada de tudo.
De súbito, um barulho
ensurdecedor despertou-a: parte do teto acabara de cair estrondosamente, consequência
da forte intempérie que assolara a cidade.
O espetáculo foi
suspenso.
Da próxima, não se
atrasaria!
Luz
Câmara,
58 anos, Coimbra
Desafio nº 134 ― «Chegou atrasado…»
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