Ao jogar com o filho recorda que, aquele, é o tempo que
interessa ter. Não o pode desperdiçar.
Ser alvo daquele olhar terno e doce enche-lhe o
coração. Quantos perdeu, na urgência de ganhar a vida?
Como gostava que este momento fosse eterno. A sua atenção
voltou-se novamente para o filho: era a sua vez de jogar.
De súbito, um ruído externo ao jogo quebrou o
encantamento: o telemóvel, que se esquecera de desligar, chamava por si.
António Azevedo, 54 anos, Lisboa
Desafio nº 27 – palavras que crescem (em anagrama)
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