Procuraram-no pelo parque, alargaram
depois as buscas aos campos vizinhos, contornaram vedações, saltaram valas,
utilizaram cães. Do músico nem sinal. Tiveram então conhecimento de que, numa
aldeia afastada, o novo organista tocava dia e noite sem cessar. Montaram
guarda à igreja e, no momento apropriado, abordaram-no, perguntaram-lhe o nome.
Ele, apreensivo, ergueu o braço, mostrando a pulseira da clínica com a
identificação rasgada ao meio:
“Agora sou apenas Sebastião, o meu apelido
ficou preso no arame farpado.”
Helena Rosinha, 66 anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 60 – apelido preso no arame farpado
(frase obrigatória)
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