Há
palavras que não são para nós
ninguém
suspeita para quem são
mas nós
sabemos que são nossas
Vêm nas
asas dos pássaros apressados
nas
brisas quietas disfarçadas
nas
carinhosas gotas de chuva
nas
nuvens tempestuosas
no sol
esquivo de Janeiro
no
burburinho do mar
no
aceno das estrelas
Vêm
sempre,
todos
os dias
por
vezes até gritam
outras
vezes segredam
são
palavras silenciosas
mas
ouvem-se sempre
entram
pela alma
tocam o
coração
e
encharcam os olhos
Judite, 27 anos,
Santarém
Desafio
Escritiva nº 11 – mensagem na garrafa
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