A
cabeça de Ricardo tremia, ao lembrar-se de tantas injustiças. Cada
passo, cada palavra, ou cada pensamento, faziam-no relembrar
os pavorosos acontecimentos. Era algo que jamais poderia
esquecer – coração filial, dilacerado pela espada da
separação.
O estremecimento da
culpa era inquestionável, fora mandatado. Contudo, o arrependimento dominava-lhe
a existência. Todos os seus movimentos eram geometricamente
controlados – o medo dominava-o.
Quando
sentia a esperança do regresso, os olhos agigantavam-se, o pensamento
equilibrava-se, doando um largo sorriso ao mundo.
Isabel
Sousa, 38 anos, Lisboa
Desafio nº 188
― sílabas de estremecimento
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