Depois
da fuga, finalmente consegui alcançá-lo. Parei, afogueada.
Ele
olhou para mim longamente, afagou-me a face e estendeu-me a
mão cerrada. Disse: "Abre-a". O meu coração fagulhava.
Estiquei todos os dedos da sua mão, desfigurando a forma
inicial. Um figo! Todos os momentos que passámos juntos sob a figueira concentrados
naquele delicado fruto. Nunca esquecerei a sua figura enternecedora
nesse instante.
"Foge!",
disse ele. Seus olhos pareciam de fogo.
O
jogo afigurou-se interminável e comecei a fugir.
Rita, 37 anos, Porto
Desafio nº 160
– plvrs com FAG, FIG, FOG, FUG
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