Amigos de
berço, Susto e Medo, foram observados,
analisados por pensadores, sociólogos. Medo, mais
introvertido, paralisava facilmente. De medo. Outras vezes,
revelava-se violento, vingativo. Por medo, provocava dissabores,
conflitos. Susto protegia-o, mas Medo, possessivo,
exigia-lhe fidelidade absoluta. “Só o medo da solidão nos
une”, disse-lhe Susto. Medo pressentiu o
abandono e teve medo, Susto fazia parte da sua
vida — Medo & Susto, inseparáveis,
universais.
Entre
ameaças, discussões, Medo arquitetou histórias de
meter medo ao susto.
E assim
perduram.
Helena
Rosinha, 67 anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 189
― muito medo…
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