Acordou
surpreendida pela chuva que continuava a cair. A seca era extrema a sul! As
paisagens moribundas, incapazes de sustentarem os animais, faziam dó. Na
memória dos tempos de moça do Alentejo, só de galochas se podia andar, porque
as ruas eram riachos largos. Levantou-se, abriu a janela e foi fustigada por
enorme bátega de água… Saiu para a rua, ia sem guarda chuva. "Perdido
por cem, perdido por mil", pensou. Que gozo encharcar-se até aos
ossos!
Odília
Baleiro, 64 anos, Lisboa
Desafio nº 191 ― perdido por cem,
perdido por mil
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