O momento
era mágico: a claridade empurrava as últimas estrelas e estas,
obedientes, recolhiam-se; o dia nascia, total
e límpido; o sol, ainda tímido, emergia docemente e coloria a quietude do
lugar; a brisa, no seu estremecimento, acariciava as
ondas e o marulhar era uma melopeia antiga que ficava a
ecoar à passagem dos dois; a areia era uma longa estrada
agora marcada pelas suas peugadas. Na praia, seguros, o homem e o cão,
caminhavam. Como iguais.
Zelinda Baião, 55 anos, Linda-a-Velha
Desafio nº 188
― sílabas de estremecimento
Sem comentários:
Enviar um comentário