GAIVOTAS EM
PEDRA
Em dura grisalha pedra
poderá tornar algum dia
a sábia mão do artista
aquelas risonhas gaivotas
que ao ar lançavam majestosas
a sua estridente alvorada.
Silenciar poderá algum dia
o habilidoso buril afiado
aquele pungente chilrear
com o qual, orgulhosas,
vencer pretendiam,
as rosadas nuvens
da madrugada.
Paralisar poderá algum dia
o pertinaz martelo talentoso
aquelas brancas asas
que, contra vento e maré,
sulcar desejavam, impetuosas,
acima das baloiçantes ondas.
Mas não deixarão jamais
de ansiar horizontes.
Mónica Marcos Celestino, 47 anos, Salamanca (Espanha)
Em dura grisalha pedra
poderá tornar algum dia
a sábia mão do artista
aquelas risonhas gaivotas
que ao ar lançavam majestosas
a sua estridente alvorada.
Silenciar poderá algum dia
o habilidoso buril afiado
aquele pungente chilrear
com o qual, orgulhosas,
vencer pretendiam,
as rosadas nuvens
da madrugada.
Paralisar poderá algum dia
o pertinaz martelo talentoso
aquelas brancas asas
que, contra vento e maré,
sulcar desejavam, impetuosas,
acima das baloiçantes ondas.
Mas não deixarão jamais
de ansiar horizontes.
Mónica Marcos Celestino, 47 anos, Salamanca (Espanha)
Desafio nº 192 ― gaivotas em pedra
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