UM NAVIO AFUNDADO
Com gélido e pungente fio
atravessa a noite a lua
sobre o imóvel ferrugento navio
que, nas tenebrosas profundas águas,
deter quis um dia
o traiçoeiro caprichoso mar.
Com queixoso pranto gemem
os já vergados mastros
à mercê do terrível negrume,
que dos olhos dalguém querido
tentaram por sempre, talvez, o afastar.
O outrora flamante velejante
Com gélido e pungente fio
atravessa a noite a lua
sobre o imóvel ferrugento navio
que, nas tenebrosas profundas águas,
deter quis um dia
o traiçoeiro caprichoso mar.
Com queixoso pranto gemem
os já vergados mastros
à mercê do terrível negrume,
que dos olhos dalguém querido
tentaram por sempre, talvez, o afastar.
O outrora flamante velejante
agora estragado pelas vagas
― enfurecidas, espumosas ―
― enfurecidas, espumosas ―
ainda sonha com longínquas terras,
com paradisíacas e mornas praias
aonde poder algum dia arribar.
Mónica Marcos Celestino, 47 anos, Salamanca (Espanha)
com paradisíacas e mornas praias
aonde poder algum dia arribar.
Mónica Marcos Celestino, 47 anos, Salamanca (Espanha)
Desafio nº 164
― imagem de navio afundado
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