Veio
devagar morar para o meu sofá. Acomodou-se tranquilamente no braço encostado à
parede. Ficava ali quieta, a observar-me nas minhas leituras, nos meus
trabalhos ao computador, nos meus descansos. Não dizia nada e, por isso, não
incomodava. Eu pensava "Como sobrevive sem água?" sem perceber a
magia que é ser personagem de contos fantásticos cheios de sapos que foram
príncipes e rãs que coaxam ao sabor da lua cheia. Assim se vive sem precisar de
alimentos terrenos.
Rosário
Oliveira, 54, Leiria
Desafio nº 199
― rã no sofá
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