A sua
imaginação era frutuosa. Deleitava-se a observar. Reservava-se ao seu eu.
Ninguém lhe conhecia o dom. Desenhava em cadernos e escondia-os no roupeiro.
Os seus
pais, cada um no seu vazio mundo. Faziam-lhe crer que o mundo era deserto.
Chorava
silenciosamente. Não conseguia compreender. Negou-se a aceitar e voltou a
desenhar:
A mãe e
o pai abraçados, sentados num sofá macio de cor púrpura, onde uma rã se atrevia
a coaxar uma bela história de amor.
Andrea
Ramos, Torres Vedras, 43 anos
Desafio nº 199
― rã no sofá
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