Quem quisesse encontrá-la, era ali, refastelada no sofá
da sala sem mexer uma palha. Nada lhe faltava, um exército de empregadas
acudia aos seus mais ínfimos desejos. Porém, sem necessidade de buscar alimento,
sem o lago para nadar, impedida de dar saltos, ia aos poucos definhando; até o
coaxar perdera.
Pobre rã, sequestrada, venerada por um excêntrico que a
julgava divindade egípcia: o deus do sol! É o que faz não distinguir o til do
acento agudo.
Helena Rosinha, 67
anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 199
― rã no sofá
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