Havia coisas pequenas
que ele nunca experimentava. Reconhecia que era pena não as tentar, mas era
demasiado envergonhado. E havia coisas grandes que não podia fazer, especialmente,
por falta de dinheiro... Encarava a situação com tristeza, mas conformava-se.
Até que, naquela manhã, a viu ao balcão do café. Um fogo lambeu-lhe a alma.
Invadiu-lhe o corpo. Deu-lhe os bons-dias, em voz alta, com um sorriso largo.
Coitado! Ela voltou-lhe as costas. Ainda era mais envergonhada que ele...
Elsa
Alves,71 anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 1
– palavras impostas: pena, sorriso, fogo
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