Para espairecer o desgosto que a galinha dos seus
sonhos lhe causara, o galo Caetano decidiu ser drástico e fazer como o avô lhe
ensinara. Pegou na sua paixão não correspondida, entaipou-a num caixote
virtual e vaidoso como dantes, passeou-se imponente pela quinta, de
crista em pé, remoendo entre dentes córócócós despeitados: «Depois ainda querem
o canto da alvorada.. ingratas! E se algum franganote me perguntar «pai,
precisa de ajuda», eu digo-lhe: «vai chamar pai a outro!»
Rosário Padinha Ribeiro, Lisboa
Desafio nº 206
– 7 plvras com
ditongo «ai»
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