— Às riscas, não! Que mau gosto.
Mentalmente revejo as barracas da praia, toalhas de
refeitório, o pijama do vizinho das minas de Aljustrel, zebras que
mais parecem burros gordos.
— Estás a pisar o risco —
disse a minha mãe, sem perder a compostura, mas
indiciando perigo. Iminente.
Percebi que exagerara e mudei de estratégia — corri os
olhos pelas prateleiras, simulei interesse noutros padrões — tão bonito, aquele! A
mãe olhou-me, enviesada. Levámos a popelina azul e branca. Às risquinhas.
Helena Rosinha, 67
anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 203 – risco + 6 palavras
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