Estranhou o escuro. Gostava tanto de luz…
Estremeceu, sentindo-se arrefecer sem sol,
E na janela, já só adivinhou o céu…
Estranhou o silêncio. Gostava de adivinhar o voo das gaivotas e
Do arrepio trazido pela estridência dos seus gritos.
Apercebeu-se então que não via nem ouvia, num frenesim quieto demais.
Sentia a vida mais longe, a despedir-se,
E os passos estrondosos da morte a chegar.
Não me chorem, pensou, sorrindo.
Recordem-me. Feliz.
Rosário P. Ribeiro, 63 anos, Lisboa
Boa tarde de paz, querida amiga Rosário!
ResponderEliminarMuito lindo recordar o outro que se vai, sorrindo....da nossa parte...
Saudade gostosa.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno
Obrigada minha amiga. Há memórias assim. Sofridas mas doces. Bj da R.
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