Era extremamente pontual. Até demasiado. Nunca chegava a um encontro, nem sequer com um minuto de atraso. Só que, na vida, há sempre uma primeira vez para tudo, não é? Foi o que lhe aconteceu nesse dia fatídico. Soubera da vaga de revisor na editora. Tão do seu agrado. Entrevista marcada impreterivelmente àquela hora. Eram as condições. Foi de táxi. O motorista, um velhote gagá, desconhecia a morada. Chegou demasiado tarde. O emprego não esperara por ele.
Elsa Alves, 72 anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 134 ― «Chegou demasiado tarde…»
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