As perguntas desfiavam-se tal e qual rosário: Estivera sempre ali? Porquê os ovalados e escuros olhos rodeados por incomuns aquelas incomuns olheiras? Qual seria o motivo do sorriso sem dentes que terminava nas orelhas inexistentes? Ali estava ela, imóvel, mas em tudo expectante, quase graciosa. Poisei o pé direito e depois o esquerdo, tapei-a com o tapete. Seria o nosso segredo. A Madeiridosa de sua graça tinha ganhado vida ao puxar o lustro do chão. Bendita cera!
Olga Cristina Hernández, 52 anos Tondela
Desafio nº 213 – imagem de madeira
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