Debaixo da cama, esperávamos que o vendaval abrandasse.
Por causa da tempestade, a mãe fora buscar-nos mais cedo. Fantástico, assim livrei-me da tabuada - e das reguadas! O Pedro é que protestou, queria brincar.
Mantivemo-nos “escondidos”, às escuras, até tudo sossegar. Abrimos, então, as portadas das janelas e espreitámos o jardim. Nem queríamos acreditar — as flores, arrancadas, espalhavam-se pelo chão, sobrepostas. Caos? Não. Uma deslumbrante tela colorida. Como se aquele senhor da orelha cortada tivesse passado por ali.
Helena Rosinha, 68 anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 125 – tornado no jardim
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