Um ponto de interrogação grande
Seja como for, só vivo sempre no presente, obrigatoriamente forçado pela cadência das horas tomarei minha medicação. Vivendo folgado como o passado, já o não conheço. Aliás, recuso a lembrar-me do que não mais há.
Só nos sonhos, em momentos de descuido, o passado dirigiu um sorriso a mim. Ainda bem que o futuro, não o conheço, fica um ponto de interrogação grande, apenas sei que morrer não se faz de uma vez, mas pouco a pouco.
Theo De Bakkere, 69 anos, Antuérpia Bélgica
Desafio nº 233 – citação de Fernando Pessoa
Mais textos aqui: http://blog.seniorennet.be/lisboa
❤️
ResponderEliminar