Ela ali estava a seguir-me com o olhar. Uns olhos esbugalhados plantados numa cara de velha.
Ao longo dos anos, a fisionomia mudava conforme os cortes que sofria.
Houve uma época, em que ela me metia medo e desviava sempre o caminho para não ter de a enfrentar.
Mais tarde quando namorava íamos para longe, não fosse ela estar a espiar-nos.
Agora já não me mete medo, é uma simples arvore com umas características diferentes das outras.
Maria João Cortês, 78 anos, Lisboa
Desafio nº 213 – imagem de madeira
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