– Porque não sobes?
– Tenho medo, é muito alto.
– Não sejas medricas, não queres sentir a sensação de liberdade? Parece que voamos.
É magnífica a aldeia vista daqui de cima do telhado da igreja, o deslumbrante chilrear dos passarinhos. Ficamos perto das nuvens, do sol.
– E se o pai te vê aí, ficas mais perto de um castigo também.
Sentado à lareira, sorri quando se lembra, e pensando em voz alta diz:
– Eu nunca fui corajoso como ele.
Natalina Marques, 62 anos, Palmela
Desafio nº 244 – imagem de telhados
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