Casas são como pessoas — altas, baixas, magras, assim-assim; há também as frágeis e as outras, à prova de abalo, as bonitas e as outras (o que conta é a beleza interior!). As casas respiram, transpiram, contam histórias. Como as pessoas. Têm olhos que pestanejam; abrem-se e fecham-se à claridade, resguardam a intimidade. Têm chapéus — boinas, panamás, fedoras, que embelezam e protegem. Mas, na verdade, nada disso interessa ao pardal-dos-telhados. Bastam-lhe os beirais para se sentir em casa.
Helena Rosinha, 68 anos, Vila Franca de Xira
Desafio nº 244 – imagem de telhados
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