25/09/21

Natalina Marques – desafio 249

Todos os dias era a mesma coisa. Levantar cedo, lavar, passar esfregar.

Que vida sem sentido, sem sonhos. Ficara órfã, ainda bem jovem, não tinha lembranças que lhe aquecessem o coração.

A única recordação era o carinho da doce mãe, os beijos dela sempre que se machucava, eram as únicas lembranças que conseguiam pôr um sorriso no rosto sempre tristonho. E dia após dia, ia sonhando com a linha da vida sendo recolhida de volta ao novelo.

Natalina Marques, 62 anos, Palmela

Desafio nº 249 – Recantiga, Miguel Araújo

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