O mundo bizarro continua a girar, pedante. Ignorando a escuridão que a todos abala. Pior para P., pois em tempos de bizarria todos têm tempo para ler e já ninguém lê os livros pelas críticas dos críticos. Passou então a criticar-se a si mesmo: “pena não ter sido escritor”. Segue agora insone, este homem literário, contando histórias sozinho, voltando ao início dos tempos, quando a voz e a boa memória eram bibliotecas à luz de uma fogueira.
Cristiana Rodrigues, 39 anos, Lisboa
Desafio nº 254 – frase de Paul Auster
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