Soube que estava a sonhar, não porque o chão me fugira sob os pés, mas pelas quatro paredes em meu redor. Encontrava-me de frente para a porta, que pintáramos de azul nesse Verão. Contemplei a escrivaninha, coberta de inúmeros projectos em curso. Contornei as nossas camas, construídas pelo pai e vestidas pela mãe. Finalmente, fitei a quarta parede. A da janela por onde os bombeiros nos salvaram na noite em que as chamas apenas deixaram as memórias.
Rita Corrêa, 28 anos, Lisboa
Desafio nº 252 – entre 4 paredes
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