Ah, conversas! Como gostava de as ouvir! Linguajares polifónicos que passavam por ele, em atardada correria, porque o comboio não espera, ou em passos desalentados de quem tem que esperar pelo próximo. Por vezes, deixava-se ficar à conversa com algum retardatário. Desenrolavam as meadas das suas vidas. Desabrida, a dele. Contava como a estação era o abrigo e a família. E falava do dia em o comboio não teria regresso. Há conversas que fluem melhor com desconhecidos!
Zelinda Baião, Algés
Desafio nº 261 – 3 hipóteses de conversa
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